segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Um "maníaco do Arco-Íris"?


Triste notícia que acabo de ler: desde julho do ano passado, 13 assassinatos, 1 por mês, ou seja, até agosto desse ano, tem tirado a vida de gays no Parque dos Paturis, em Carapicuíba (região da periféia, próxima ao luxuoso condomínio de Alphaville) uma espécie de "território-livre" em que os gays aproveitam "para caçar". A polícia acredita tratar-se de um serial killer, já que circunstâncias dos crimes são idênticas. Não há elementos suficientes para levantar suspeitos. 

Apesar da proximidade de um local tão luxuoso quanto Alphaville, a polícia de Carapicuíba não tem funcionários suficientes para progredir nas investigações. Mas será que há interesse em desvendar o "maníaco do Arco-Iris"? 

Ele mata gays que frequentam um parque em busca de prazeres casuais e imorais, podem imaginar - mesmo que, em respeito ao discurso "politicamente correto", tal pensamento não seja verbalizado - alguns moralistas-equivocados-de-plantão. Seria tal pensamento verdadeiro? Será que a vida de quem é diferente do padrão desejado pelo falso-moralismo-social vale pouco assim que atitudes mais drásticas para solucionar o caso não sejam tomadas com maior urgência? Será que esse maníaco não seja como tantos por aí que precisam matar o que desejam como se matando o que desejam não desejassem mais?

Tristes os que não enxergam na diversidade o fio dourado de uma sociedade mais rica. Triste "maníaco do Arco-Iris". Tristes frequentadores do Parque dos Paturis. Triste falta de policiamento. 

Tristes mesmo daqueles que se acomodam no lamento. É preciso ir à luta para que a roda gire e a vida mude.

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